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UE avalia participar de força internacional em Gaza, diz Solana

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REUTERS

BRUXELAS - A União Européia (UE) poderia participar de uma força internacional a ser enviada à Faixa de Gaza, mas uma decisão a respeito disso ainda levará algum tempo, afirmou na quarta-feira o chefe da política externa do bloco, Javier Solana.

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse na terça-feira, pela primeira vez, que uma força internacional deveria ser considerada ao longo da fronteira do Egito com a Faixa de Gaza.

Essa manobra, segundo Olmert, teria por objetivo brecar o crescente fortalecimento do grupo militante Hamas.

- Se houver um pedido, claro que avaliaremos essa possibilidade - afirmou Solana a repórteres, em Bruxelas, ao ser questionado sobre se a UE participaria de uma força do tipo.

Por outro lado, ele notou que cerca de 70 representantes da UE já integram uma missão responsável por monitorar a região fronteiriça de Rafah, entre o Egito e Gaza.

As declarações de Solana foram dadas enquanto continuam a ser travados nos territórios palestinos alguns dos mais violentos choques dos últimos meses entre as facções rivais Hamas e Fatah.

No mês passado, o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Oriente Médio pediu a Israel, aos palestinos e à própria entidade que avaliassem a possibilidade de enviar uma força internacional para a Faixa de Gaza.

Até agora, Israel havia resistido aos apelos vindos dos palestinos em defesa de uma força de paz internacional estacionada na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada.

O Estado judaico argumenta que a presença dessa força interferiria com as medidas de segurança adotadas pelo país.

Mas, depois da guerra do ano passado no Líbano, que terminou com uma ampliação das forças de paz da ONU em ex-redutos da guerrilha Hezbollah, o governo israelense passou a dar sinais de flexibilidade.

A Presidência da UE, ocupada atualmente pela Alemanha, afirmou em um comunicado divulgado na quarta-feira estar 'profundamente preocupada' com a atual onda de violência nos territórios palestinos, onde já morreram 70 pessoas desde sábado.