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Nos EUA, CBS culpa sexismo por queda em números de audiência

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Agência EFE

NOVA YORK - O presidente e executivo-chefe da rede de TV americana CBS, Leslie Moonves, disse na última terça-feira que as atitudes sexistas explicam em grande parte os baixos níveis de audiência da apresentadora de noticiários noturnos Katie Couric.

Moonves, que participava de um ato na Universidade de Syracuse, em Nova York, comentou declarações do ex-apresentador Dan Rather, que qualificou de sexistas. Ele disse estar surpreso com a virulência contra Couric.

A CBS contratou Couric no ano passado. Ela é a primeira mulher a apresentar um dos noticiários de maior audiência. Mas a apresentadora, que recebe US$ 15 milhões anuais por seu trabalho, não atingiu as expectativas.

A audiência do programa CBS Evening News caiu este mês para os níveis mais baixos dos últimos 20 anos. Couric tem recebido muitas críticas, inclusive de seu antecessor no cargo, Dan Rather.

O lendário jornalista acusou Couric esta semana de ter deixado o telejornal muito brando e adocicado, dando prioridade às notícias de famosos e diminuindo a cobertura de temas como a Guerra do Iraque para atrair um público mais jovem.

Moonves disse que era surpreendente o fato de que tantas pessoas não querem que uma mulher apresente as notícias. Ele acrescentou que está convencido de que seu programa vai ser bem sucedido, mesmo estando atrás dos rivais da ABC e NBC no momento.

Rather afirmou em declarações ao canal de televisão Fox News que não se arrepende do que disse. Mas ressaltou que se referia à direção da rede e não a Couric pessoalmente.

- Não tem a ver com Katie, nem com seu sexo - explicou Rather, acusando Moonves de entender de entretenimento mas não de notícias.

O sexo de Couric tem sido um tema central desde que ela foi contratada, há um ano. A rede esperava atrair uma audiência mais jovem, sobretudo mulheres, a um programa cuja audiência caiu pela metade nos últimos 25 anos.

Desde que Couric assumiu o programa, a audiência feminina entre 18 e 49 anos aumentou 2%. Mas o número não compensa a queda de 11% na audiência masculina de mais de 55 anos, o grosso dos telespectadores dos noticiários noturnos.