Agência EFE
BEIRUTE - O grupo radical sunita Jund al-Sham ameaçou lançar ataques no Líbano se o Governo mantiver o cerco ao campo de refugiados palestinos de Nahr al-Bared, onde o Exército libanês enfrenta a milícia islâmica Fatah al-Islam.
A ameaça foi divulgada pelo grupo através de um site, segundo o jornal 'L'Orient-Le Jour'.
- Alertamos ao Governo libanês que seus interesses vitais, seus funcionários e seus cidadãos serão alvos para nós se não acabar o cerco ao acampamento, afirmou o grupo.
- O Governo libanês pode esperar o inferno dos seqüestros, tiroteios e decapitações se não atender à reivindicação, acrescentou o grupo, sempre segundo a fonte.
Desde 20 de maio, o Exército enfrenta milicianos do Fatah al-Islam entrincheirados no campo de refugiados palestinos de Nahr al-Bared, perto de Trípoli, no norte do Líbano.
O grupo Jund al-Sham informou ainda que o líder de outro grupo extremista, o Tawhid el-Jihad (Monoteísmo e Jihad), Abu Yandal al-Dimachqui, se reuniu com representantes do Fatah al-Islam.
Em 28 de maio, membros do Tawhid el-Jihad incitaram os sírios, através de um vídeo, a matar seu presidente, Bashar al-Assad, e pediram que os povos árabes se levantem contra seus líderes e derrubem seus Governos.
O jornal 'Al-Sharq al-Awsat' informou nesta quarta-feira que Abu Masab, membro do Fatah al-Islam, anunciou que o saudita Shahin Shahin é o novo chefe do grupo radical.
Abu Masab revelou ainda que um dos objetivos do grupo é assassinar o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, e o líder druso Walid Jumblatt.