Agência EFE
BOGOTÁ - O engenheiro sueco Erin Ronald Larsson e sua mulher, a colombiana Diana Patricia Peña, foram seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no norte do país, afirmou nesta sexta-feira uma fonte oficial.
O escritório de imprensa do Grupo de Ação Unificada para a Liberdade Pessoal da Polícia afirmou que, segundo testemunhas, Larsson, engenheiro de 68 anos, e sua Diana Patricia Peña, de 36, foram capturados na quarta-feira passada por oito supostos membros do grupo rebelde.
O local do seqüestro foi um sítio no município de Tierralta (700 quilômetros ao norte de Bogotá). O casal estava pagando os salários dos trabalhadores da propriedade quando foi levado.
Um porta-voz da Embaixada da Suécia na Colômbia confirmou o seqüestro em declarações à imprensa. Mas não deu detalhes para não pôr em risco os seqüestrados.
O porta-voz da Polícia de Córdoba, Roger Cordero, anunciou uma operação conjunta com o Exército na busca dos reféns e que o lugar do seqüestro é uma área florestal muito afastada do centro urbano de Tierralta.
- Oficialmente, não temos nenhuma informação sobre os autores do seqüestro - havia dito à agência Efe, horas antes, Manuel Vicente Jiménez, chefe de imprensa do Governo de Córdoba.
O casal foi capturado, aparentemente, por seis homens que entraram na casa de Larsson em Tierralta, acrescentou Jiménez.
O caso foi divulgado hoje de manhã pela Polícia, que afirmou que as vítimas foram levadas em direção a Nudo de Paramillo a bordo de um veículo 4x4, que depois foi encontrado abandonado.
A região de Paramillo é uma conflituosa cadeia montanhosa no limite de Córdoba com o departamento de Antioquia que serviu de enclave para o comando do grupo paramilitar de direita Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), atualmente desmobilizado.
As AUC haviam expulsado da região as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a principal guerrilha do país.
Larsson vive há mais de 10 anos na região. Ele chegou ao país quando foi contratado para a construção da central hidroelétrica de Urrá, na parte alta do rio Sinú. A sua mulher é de Tierralta.