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GAZA - Facções palestinas mantinham confrontamentos em Gaza nesta sexta-feira, quando uma aeronave israelense matou um combatente do grupo militante Hamas. Israel ameaçou endurecer sua reação aos lançamentos de foguetes contra o seu território.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, cuja facção Fatah foi acusada pelo Hamas de unir forças com Israel contra o grupo, telefonou para a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, para pedir a ela que impeça uma 'escalada militar' israelense, informou uma agência de notícias palestina.
Forças da Fatah e do Hamas lutam há uma semana.
Testemunhas disseram que três granadas lançadas por foguetes foram disparadas contra o campus da universidade Islâmica, pró-Hamas, na Cidade de Gaza.
Em Tel Aviv, a ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, disse a embaixadores estrangeiros que o governo pode decidir por mais ações nos próximos dias e lembrou que o gabinete se reunirá no domingo, conforme o programado.
- Veremos medidas contínuas e fortes para acabar com os ataques de foguetes e retirar a ameaça ao sul de Israel, afirmou o porta-voz do governo David Baker.
Forças israelenses completaram recentemente um treinamento para uma possível ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, de onde foram tiradas, junto com colonos, em 2005.
Tanques e alguns soldados assumiram posições na quinta-feira dentro do território costeiro palestino, em medida que os militares classificaram de 'defensiva'.
Pelo menos nove combatentes do Hamas foram mortos em ataques israelenses desde o início da quinta-feira. Na última semana, militantes de Gaza dispararam cerca de 100 foguetes contra a cidade israelense de Sderot e seus arredores, deixando diversos feridos, mas não mortos.
- Por tempo demais a comunidade internacional tomou esta situação na parte sul de Israel como aceitável, como parte da vida em Israel, mas não é. Chega, observou Livni, citando a necessidade de colocar mais pressão sobre 'estes terroristas'.