Agência EFE
LA PAZ - O Governo da Bolívia contratará especialistas para avaliar as empresas do setor energético que decidiu nacionalizar, dentre as quais a companhia petrolífera Andina, filial da hispano-argentina Repsol YPF.
A decisão foi anunciada nesta quinta-feira pelo ministro de Hidrocarbonetos boliviano, Carlos Villegas, em entrevista coletiva na qual confirmou também o desejo de negociar com as transnacionais para alcançar um acordo.
A negociação segue o método utilizado na semana passada para comprar de volta, por US$ 112 milhões, duas refinarias de petróleo que haviam sido adquiridas pela Petrobras, cujo contrato de transferência começou a ser definido por representantes do Executivo e da multinacional.
Segundo Villegas, o Governo socialista de Evo Morales tomará o controle da Andina, Chaco (subsidiária da BP), da transportadora Transredes (Shell e Ashmore) e da Companhia Logística de Hidrocarbonetos Boliviana, que tem capitais alemães e peruanos.
A companhia responsável por determinar o valor dessas instalações será escolhida por meio de uma licitação internacional, um processo que pode levar até três meses, indicou o ministro boliviano.
- Precisamos conhecer o valor de cada uma destas empresas, para recuperar 50% mais um de suas ações - afirmou Villegas.
A nacionalização dos hidrocarbonetos foi aprovada em 1º de maio de 2006, e já teve reflexos na alteração dos contratos de operação de 12 multinacionais, que entraram em vigor este mês.