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BERLIM - Duas autoridades da área de segurança da Alemanha afirmaram na quinta-feira que o país havia recebido alertas sobre ataques de grupos de esquerda devido à realização da cúpula do Grupo dos Oito (G8) em junho, no balneário de Heiligendamm, à beira do mar Báltico.
Joerg Ziercke, chefe da agência federal de combate à criminalidade, e Heinz Fromm, presidente do Escritório de Proteção à Constituição, afirmaram estar preparados para episódios de violência que podem ocorrer em qualquer lugar da Alemanha devido à realização da cúpula, entre os dias 6 e 8 de junho.
- Houve alguns anúncios e sinais concretos, tais como cartas ameaçadoras vindas de grupos extremistas de esquerda - afirmou Ziercke.
Segundo a autoridade, os ataques sobre os quais o governo recebeu avisos não teriam por alvo pessoas, mas veículos e prédios.
Fromm disse ao jornal Passauer Neuer Presse que as autoridades de Berlim, de Hamburgo e de todo o norte da Alemanha estavam em alerta máximo devido a essas ameaças.
Também houve ameaças do tipo que teriam por alvo um encontro de ministros das Relações Exteriores marcado para acontecer em Hamburgo no final de maio.
- Não se pode descartar a possibilidade de que algumas pessoas correrão perigo. No entanto, tenho confiança de que conseguiremos garantir a realização da cúpula do G8 sem que haja distúrbios - afirmou Ziercke.
- Estamos enfrentando uma campanha de militantes que desejam atrapalhar a cúpula do G8 em Heiligendamm. Eles já provocaram distúrbios e lançaram alguns ataques - acrescentou.
As autoridades alemãs estão em alerta máximo para a cúpula do G8, tendo gastado 13 milhões de euros (17 milhões de dólares) na construção de uma cerca de segurança de 2,5 metros de altura ao redor do balneário, cuja população fixa é de 280 pessoas.