Agência EFE
GAZA - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, mandou iniciar a primeira fase do "plano dos 100 dias', aprovado pelo Gabinete Nacional de unidade, para acabar com a violência interna em Gaza.
Milhares de agentes dos órgãos de segurança foram postados desde ontem à noite no sul da Faixa de Gaza, especialmente na cidade de Rafah, na fronteira com o Egito. A localidade abriga túneis clandestinos usados para o contrabando de armas, pessoas, drogas e mercadorias.
Segundo o ex-ministro de Relações Exteriores Nabil Shaath, atualmente assessor do presidente Abbas, 3 mil agentes poderão enfrentar as milícias locais, especialmente os poderosos clãs que controlam os túneis.
Na primeira fase do 'plano dos 100 dias', os agentes devem organizar o trânsito, combater o crime e os freqüentes choques armados entre famílias, informaram esta manhã fontes governamentais.
Um plano dos Estados Unidos para promover o processo de paz exige que Abbas acabe com o contrabando de armas e os ataques de milicianos de Gaza a localidades do sul de Israel.
Abbas também se dispõe a dialogar com as facções da resistência palestina, entre elas as do movimento nacionalista Fatah e do Movimento Islâmico Hamas. A meta é interromper os ataques contra Israel, para evitar uma operação militar em grande escala contra a Faixa de Gaza.
O 'plano dos 100 dias' para restabelecer a ordem foi aprovado recentemente. A sua execução depende do primeiro-ministro, Ismail Haniyeh, e do ministro do Interior, Hani Hawasme, que ameaçava renunciar, segundo fontes próximas a ele que pediram anonimato.
Segundo os serviços de segurança da ANP e de Israel, atualmente são utilizados em Rafah 15 túneis subterrâneos, por onde às vezes fogem também criminosos procurados pelas autoridades palestinas.