Agência EFE
BOGOTÁ - O vice-presidente colombiano, Francisco Santos, previu na última terça-feira em Bogotá que mais de 30 congressistas de seu país poderão ser presos por supostos vínculos com a desmobilizada organização paramilitar Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC).
Santos disse que '30 a 40 parlamentares, talvez mais, vão para a prisão', numa entrevista ao canal de TV 'RCN'. Ele alertou para o previsível alcance da investigação do escândalo da 'parapolítica'.
"Vejo também uma insatisfação de outros, que querem ver 100 ou 200 detidos', acrescentou. Para ele, os processos judiciais não vão deixar ninguém satisfeito. Mas serão uma 'lição exemplar', que permitirá aos colombianos virar uma página do conflito armado interno, destacou.
A Corte Suprema de Justiça (CSJ) avança num grande processo sobre as conexões de congressistas com as AUC. Em meados de 2006, a guerrilha completou o desarmamento de sua força de mais de 31 mil homens, num processo de paz negociado com o Governo do presidente Álvaro Uribe.
Desde novembro do ano passado, a CSJ ordenou a detenção de nove legisladores. Oito estão na prisão e um continua foragido, fora do país.
Além da CSJ, a Promotoria Geral investiga suspeitos sem privilégio especial. Entre eles, Jorge Noguera, que dirigiu o Departamento Administrativo de Segurança (DAS) de 2002 a 2005, no primeiro mandato de quatro anos de Uribe.
O governante não escapa das críticas por supostas ligações de seus parentes com paramilitares, como denunciou no Congresso o senador de oposição Gustavo Petro.