Agência EFE
LA PAZ - A Petrobras reduziu seu pedido de indenização pelas duas refinarias em território boliviano, de US$ 153 milhões para um valor não revelado e ainda em discussão, revelou nesta quarta o presidente da Bolívia, Evo Morales.
O governante boliviano fez a revelação em entrevista coletiva esta noite, na cidade de Cochabamba, de onde poderia retornar a La Paz a qualquer momento para tomar uma decisão definitiva. 'Há um grande consenso' nas negociações, disse.
Antes, fontes do setor petroleiro haviam dito que o último pedido brasileiro havia sido de US$ 112 milhões pelas duas instalações, nacionalizadas pelo Governo socialista em maio de 2006.
O presidente Morales disse que acompanha de perto as conversas de seu ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, com os executivos da Petrobras.
Quando os jornalistas perguntaram até quanto ele está disposto a pagar à Petrobras, o Chefe de Estado afirmou que 'a primeira proposta foi de US$ 153 milhões e a segunda de US$ 135 milhões'.
"Neste momento, ela desceu bastante', disse o presidente boliviano, em seu escritório no sindicato de camponeses produtores de coca da província de Chapare.
Morales observou que o mais importante não são os números, 'e sim as decisões políticas' dos Governos da Bolívia e do Brasil.
"A decisão política do povo boliviano é recuperar as duas refinarias, e a do presidente Lula é recuperar a despesa da Petrobras', explicou.
Morales também confirmou que o Brasil pediu um 'preço justo' que é o 'que está em debate'.