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Brasil espera apoio do Canadá para vaga no Conselho de Segurança

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Agência EFE

TORONTO - O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira em Ottawa que espera que o Canadá apóie o Brasil nos seus esforços para obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, quando for feita a reforma do órgão.

Amorim chegou a Ottawa para se reunir, nesta quarta e quinta-feira, com seu colega canadense, Peter MacKay, com o ministro de Comércio Internacional, David Emerson, e o primeiro-ministro, Stephen Harper.

Antes de sua reunião com as autoridades canadenses, Amorim declarou à televisão pública canadense 'CBC' que 'pela primeira vez, há movimentos' para iniciar a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"É difícil saber o que vai acontecer. Esperamos que, quando chegar o momento de ampliar o conselho, como tem que ser porque não pode permanecer como em 1945, teremos o apoio do Canadá', afirmou o chanceler brasileiro.

Amorim também disse que na agenda de sua visita no Canadá está um pedido de apoio para a elaboração de um tratado que elimine 'as desigualdades raciais no continente', um plano que considerou muito importante.

Comentando o comércio no continente americano, Amorim afirmou que é preciso buscar modelos diferentes do tratado de livre-comércio das Américas proposto na América do Norte.

"Deveríamos buscar outros modelos. Seria mais rentável ver um acordo do Canadá com o Mercosul. É melhor que pôr no mesmo saco países com situações muito diferentes, como os caribenhos, os centro-americanos e grandes nações como Brasil e Argentina'.

Em relação à Venezuela, o chanceler fez uma crítica aos Estados Unidos, afirmando que 'não se pode pedir a todo o mundo que realize eleições, e depois reclamar quando um candidato favorável não é eleito'.

"Chávez foi eleito democraticamente, há muita liberdade de expressão na Venezuela e não sei de nenhum preso político lá. Ninguém é perfeito, mas acho que a Venezuela passaria na prova da democracia' acrescentou.

A respeito de Cuba, Amorim disse que o país 'tem razões históricas para ser como é'. 'Respeitamos o que aconteceu durante a Guerra Fria', afirmou.