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HAVANA - Pelo seis opositores do governo cubano foram soltos nesta terça-feira, sendo que três deles foram detidos em julho de 2005 por participarem de uma manifestação pacífica em Havana, disseram fontes da dissidência. Os opositores cumpriram penas que variaram de dois a três anos por 'desordem pública', 'desacato' e 'periculosidade'.
O presidente da ilegal, mas tolerada, Comissão de Direitos Humanos, Elizardo Sánchez, disse à Reuters por telefone que os dissidentes libertados são Manuel Pérez Soria, de 54 anos, Lázaro Alonso Román, de 33 e Emilio Leiva, de 42.
Também foram soltos Duylian Ramírez, condenado a três anos em 2005 por 'periculosidade'; Elio E. Chávez, que cumpriu pena igual por 'desacato'; e José Diaz, condenado a três anos em 2004.
- Eles foram soltos por cumprimento das condenações - disse Sánchez, que não vê 'um gesto político' do governo interino de Raúl Castro, quase nove meses depois de o líder cubano Fidel Castro ter se afastado do cargo por problemas de saúde e passado o poder a seu irmão.
Pérez, Alonso e Leiva foram detidos em julho de 2005 como resposta do governo a duas pequenas manifestações realizadas em Havana para reclamar o esclarecimento sobre o naufrágio de uma embarcação em 1994, no qual morreram 37 pessoas que tentavam chegar à costa dos Estados Unidos.
Autoridades cubanas dizem que foi um acidente, mas os sobreviventes dizem que a embarcação foi atacada pela guarda costeira cubana.
O governo comunista de Havana sustenta que não há presos políticos na ilha e qualifica os dissidentes como 'mercenários' pagos pelo governo dos Estados Unidos.
Segundo a oposição, há cerca de 280 ativistas presos no país.