Agência EFE
LONDRES - O vice-presidente do Iraque, Tareq al-Hashemi, defendeu um diálogo com os insurgentes, numa tentativa de conseguir a paz no país, em declarações divulgadas hoje pela rede britânica 'BBC'.
"Acho que não há outra saída além de dialogar com todo o mundo', exceto com a rede terrorista Al Qaeda, disse o sunita Hashemi. Para ele, os militantes 'fazem parte da comunidade iraquiana' e a única maneira de conseguir avanços é através de negociações.
Com exceção da Al Qaeda, que não parece disposta a falar com ninguém, todos as partes 'deveriam ser convidadas a se sentar numa mesa-redonda para falar de seus temores e reservas', opinou Hashemi, que perdeu três irmãos, assassinados no ano passado.
Ele comentou também que é necessário acabar com a influência dos insurgentes nas forças armadas. O general Abdul Hussein al-Saffe, chefe da Polícia da província de Dhi Qhar, disse na terça-feira à "BBC' que não confiaria em muitos de seus agentes porque eles são leais às milícias.
Além disso, Hashemi disse que muita gente está 'zangada' com a presença da coalizão liderada pelos Estados Unidos. As tropas estrangeiras 'afetam a dignidade dos iraquianos', explicou. Mas, na sua opinião as forças internacionais devem ficar no Iraque 'até novo aviso'.
"Esperamos um calendário, uma retirada condicional', disse.