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Itália quer prisão para militares da 'Guerra Suja'

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REUTERS

ROMA - Um promotor italiano exigiu, na quarta-feira, a prisão perpétua de quatro oficiais acusados de sequestrar e matar três cidadãos italianos nos primeiros anos da ditadura conhecida com 'Guerra Suja' (1976-83).

Angela Maria Aieta, Juan Pegoraro e a filha Susanna eram argentinos com cidadania italiana e estavam entre as milhares de pessoas 'desaparecidas' nas mãos dos esquadrões da morte contra as pessoas consideradas de esquerda.

Os suspeitos, julgados em ausência, incluem alguns dos nomes mais procurados das 'Forças Tarefas' operando na Escola Mecânica da Marinha, um centro de tortura clandestino em Buenos Aires.Alfredo Astiz, conhecido como 'Anjo Loiro', é procurado na Espanha, França e Suécia sob acusações semelhantes. Jorge 'Tigre' Acosta também é procurado na França e Suécia.

Os outros são Jorge Vildoza e Hector Antonio Febres. O promotor também quer indiciar o almirante Emilio Massera, membro da primeira junta militar argentina, como responsável pelas mortes.Grupos de direitos humanos avaliam que houve cerca de 30 mil desaparecidos no regime.