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Irã retaliará ataque dos EUA imediatamente e em qualquer lugar

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REUTERS

MOSCOU - Se os EUA atacarem o Irã, os iranianos retaliarão imediatamente, podendo atingir alvos americanos em qualquer lugar do mundo, afirmou nesta terça-feira o embaixador do país islâmico na Rússia, Gholamreza Ansari.

- Se os EUA cometerem esse erro de atacar o Irã, tenho certeza de que o povo iraniano vai dar a eles uma boa lição - afirmou Ansari em uma entrevista coletiva concedida em Moscou, segundo a agência de notícias Interfax.

- Não estabelecemos nenhum limite a respeito de onde atacaremos, podemos retaliar em qualquer lugar - acrescentou Ansari.

O nível de tensão aumentou devido ao programa nuclear do Irã, elevando o preço do petróleo e o valor de bens considerados seguros como títulos de dívida e o ouro. Potências ocidentais temem que o país islâmico esteja tentando desenvolver armas atômicas, mas o governo iraniano diz que seu programa visa apenas à produção de energia.

O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, afirmou que todas as opções estão em aberto já que o Irã ignorou o prazo estipulado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que suspendesse o programa de enriquecimento de urânio. Um vice-ministro das Relações Exteriores do Irã respondeu que o país está preparado até para a guerra.

Segundo Ansari, é "possível" que os EUA ataquem o território iraniano, afirmou a Interfax. Mas o enviado iraniano acrescentou:

- Acreditamos que as ameaças americanas são antes parte de uma guerra psicológica.'

O embaixador repetiu que o Irã estava preparado para a guerra, mas afirmou que o governo iraniano também se mostrava disposto a negociar com os EUA em "pé de igualdade".

A Rússia deu apoio às sanções aprovadas pela ONU contra o Irã em dezembro. No entanto, mais recentemente, manifestou preocupação devido às repetidas declarações de autoridades norte-americanas sobre o lançamento de uma eventual ação militar contra o país islâmico.

Importantes autoridades russas dizem também estar preocupadas com o perigo de o Irã montar uma bomba nuclear, mas ressaltaram não acreditar que isso vá acontecer em breve e se disseram contrárias a pressionar o país em demasia.