Agência EFE
PARIS - O Egito solicitou por via diplomática a devolução dos cabelos do faraó Ramsés II que foram colocados à venda na internet por um francês, antes que fossem confiscados pela Polícia, informou hoje a Procuradoria de Grenoble.
Os cabelos do faraó, que governou o Egito entre 1279 e 1213 a.C., estão atualmente em poder do Escritório Central de Bens Culturais, em Paris.
Em novembro passado, a Polícia francesa confiscou os cabelos que tinham sido colocados à venda na internet por Jean-Michel Diebolt, um carteiro de Grenoble de 50 anos.
O homem foi detido, mas em seguida foi colocado em liberdade e, segundo a Procuradoria, não havia acusações contra ele, já que não há nenhum crime para o que fez.
Diebolt teve acesso aos cabelos de Ramsés II através do pai, que fez parte do grupo que manuseou a múmia do faraó em 1976, quando foi transferida do museu do Cairo à França para que os cientistas estudassem as causas de um estranho mal que estava deteriorando a peça.
Quando a múmia foi retirada do sarcófago, desprenderam-se alguns fragmentos do sudário e mechas de cabelo, que foram recolhidos e enviados a vários laboratórios franceses para ser analisados. Alguns foram para o Comissariado da Energia Atômica de Grenoble, onde trabalhava o pai de Diebolt.