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Ex-senador admite corrupção em partido de Evo Morales

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Agência EFE

LA PAZ - Dirigentes do partido do presidente boliviano, Evo Morales, foram acusados de suposto tráfico de influência no acesso a cargos públicos, cuja existência foi admitida neste domingo pelo ex-titular do Senado Santos Ramírez.

O senador Ramírez, membro da Direção Nacional do partido de Morales, o Movimento ao Socialismo (MAS), disse que já 'foram tomadas medidas' para esclarecer a prática corrupta 'que infelizmente aconteceu e deve ser sancionada', segundo a estatal "Agência Boliviana de Informação' (ABI).

Acrescentou que muitos dirigentes do MAS foram identificados como responsáveis pela cobrança para supostamente garantir o acesso de determinadas pessoas a diferentes cargos da administração pública.

O próprio Ramírez foi implicado pela imprensa local neste assunto, mas hoje rejeitou todas as denúncias contra ele.

"Pela primeira vez no país temos um Governo e um presidente com vontade política de lutar contra a corrupção', enfatizou o senador governista.

Morales denunciou em várias ocasiões a corrupção de Governos anteriores e se referiu a ela como 'a principal inimiga dos bolivianos'.

A partir desta convicção, o Executivo elaborou um projeto de lei, pendente de ser debatido no Congresso, para declarar imprescritíveis os crimes de dano econômico contra o Estado e tipificar outros novos como o enriquecimento ilícito, o suborno e a legitimação de lucros ilegais.