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ROMA - O presidente da Itália manteve nesta quinta-feira reuniões com líderes políticos para decidir se Romano Prodi tem apoio suficiente para ser reconduzido ao cargo de primeiro-ministro, do qual renunciou na quarta-feira, ou se deve ser substituído.
- Somos um país de malucos - declarou o chanceler Massimo D'Alema a um jornal, depois da inesperada renúncia do socialista Prodi, em consequência de uma derrota no Senado em questões de política externa.
Após vencer a eleição mais acirrada na Itália desde a Segunda Guerra Mundial e formar o 61º governo desde então, Prodi pediu demissão nove meses depois, devido a uma rebelião na ala à esquerda da sua coalizão, que reúne de centristas católicos a comunistas radicais.
Acostumados às constantes mudanças de governo no país, os mercados financeiros mal se abalaram.
O presidente Giorgio Napolitano, um ex-comunista de 81 anos, convocou mais de 20 reuniões com líderes partidários e parlamentares entre quinta e sexta-feira, no que um jornal qualificou como uma 'roleta russa' para Prodi, que permanece interinamente como chefe de governo.
- Qualquer tentativa de ressuscitar o governo de Prodi vai fracassar desde o princípio - disse Silvio Berlusconi, magnata da imprensa que espera voltar ao poder se houver eleições.