EFE
QUITO (Equador) - Os principais institutos de pesquisa do Equador deram hoje uma vantagem de até 10% a favor do candidato esquerdista Rafael Correa sobre o multimilionário Álvaro Noboa, no segundo turno das eleições presidenciais deste domingo.
Os institutos Market e Cedatos coincidiram em confirmar a vantagem de Correa, assim como uma marcada tendência a favor do esquerdista, "muito difícil" de ser revertida em poucas horas.
Tanto o Market como o Cedatos, que divulgarão resultados logo após o fim do processo de votação com base em pesquisas de boca de urna, manifestaram que o "empate técnico" assinalado há uma semana foi rompido nos últimos dias.
Os institutos também lembraram que a lei eleitoral do Equador proíbe a divulgação no país dos resultados de pesquisas a partir do 20ª dia anterior ao pleito.
O porta-voz do Market, José El Juri, disse em entrevista coletiva que "Rafael Correa tem uma vantagem sobre Álvaro Noboa de entre 7 e 10 pontos", considerando a intenção de votos válidos.
El Juri preferiu não dar detalhes de sua última pesquisa, encerrada na noite desta sexta-feira, em razão da solicitação feita pela missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), que pediu a não divulgação de "números exatos" de enquetes a fim de evitar eventuais conflitos entre os eleitores.
No entanto, o porta-voz do Market disse que a diferença é ampla, o que levou o instituto a confirmar que o empate técnico entre os dois candidatos não mais existe.
O Market ouviu 6.800 eleitores em 17 das 22 províncias do país, com uma margem de erro calculada em 3%.
Por sua parte, o diretor do instituto Cedatos/Gallup, Polibio Córdova, assegurou em entrevista coletiva que, segundo sua última enquete, fechada na noite de sexta-feira, Correa é o provável vencedor com oito pontos de diferença.
A última pesquisa do Cedatos/Gallup ouviu 5.658 eleitores em 18 províncias das 22 do país.
A tendência de Correa é subir e a de Noboa, descer, e a percentagem de indecisos, segundo Córdova, continua em 17%, em uma pesquisa com uma margem de erro de 3% e de 95% de confiabilidade.
Os resultados da pesquisa anterior do Cedatos, divulgados na sexta-feira, indicavam que Correa tinha 52% das intenções de voto e Noboa, 48%, o que representava um empate técnico, levando em conta a margem de erro de 3%.
O empate técnico já tinha sido apontado por outra pesquisa do Cedatos de uma semana antes, mesmo com os dados alterados, já que Noboa era, então, quem tinha 52% e Correa, 48%.
Outras pesquisas também indicaram, há dez dias, que havia um empate técnico. A única que dava uma ampla vantagem a Noboa, de 15 pontos percentuais, era a empresa de pesquisas Consultar, que trabalha exclusivamente para o multimilionário.
Mais de nove milhões de equatorianos irão às urnas no domingo para decidir quem será seu novo presidente entre o esquerdista cristão Rafael Correa e o multimilionário populista Álvaro Noboa.