A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira (31) que a "crise histórica" da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) continuará em 2021.
Em sua mensagem de ano novo, Merkel agradeceu os alemães que respeitaram as medidas anticovid e alertou que os desafios da emergência continuam "imensos".
"Estes dias e semanas são tempos difíceis para o nossos país. E vai durar muito. Os desafios que a pandemia nos coloca continuam imensos", disse a chanceler, que irá para o seu quarto e último mandato.
Apesar dos "tempos difíceis", Merkel disse que a esperança "teve um rosto" e o comparou com o dos "primeiros vacinados".
Em sua declaração, a chanceler também criticou a postura negacionista de alguns cidadãos em relação à pandemia do coronavírus Sars-CoV-2.
"Só imagino a amargura sentida pelas pessoas que choram um ente querido perdido, ou aqueles que continuam sofrendo as sequelas, quando a existência do coronavírus é contestada ou negada por alguns. As teorias da conspiração não são apenas falsas e perigosas, mas cínicas e cruéis", declarou Merkel.
A Alemanha ultrapassou pela primeira vez a marca de mil mortes em decorrência da Covid-19 em 24 horas, segundo informou nesta quarta-feira (30) o Instituto Robert Koch. Desde o início da pandemia, o país teve 1.687.185 diagnósticos positivos e 32.107 óbitos.
O governo alemão deverá prolongar as atuais medidas contra o novo coronavírus para além de 10 de janeiro de 2021. No dia 5 do mesmo mês, Merkel se reunirá com líderes regionais para avaliar a situação da doença.
A Alemanha iniciou sua campanha de vacinação no domingo (27) e a primeira a receber a imunização foi uma idosa de 101 anos de idade.
Segundo o Ministério da Saúde, a nação pretende ter até o final do primeiro trimestre de 2021 entre 11 e 13 milhões de doses da vacina da farmacêutica Pfizer e do laboratório BioNTech.(com Agência Ansa)