O governo do México afirmou nesta segunda-feira que reconhece Evo Morales como presidente "legítimo" da Bolívia, denunciando que sua renúncia se deve a um "golpe" dado pelo Exército, o que classificou como um grave retrocesso para a região.
O chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, disse que o governo do presidente Andrés Manuel López Obrador não reconhecerá um governo de caráter militar na Bolívia.
"Consideramos um golpe o que ocorreu (na Bolívia) ontem (...) É um golpe porque o Exército pediu a renúncia do presidente e isso violenta a ordem constitucional do país", afirmou Ebrard em uma coletiva de imprensa com López Obrador.
"A postura que o México definiu no dia de hoje é de reivindicar, pedir respeito à ordem constitucional e à democracia na Bolívia", acrescentou o chanceler, que vai demandar uma reunião de emergência da Organização dos Estados Americanos (OEA), a qual acusou de permanecer em silêncio diante do "pronunciamento militar e das operações policiais".
Ebrard disse que Morales ainda não respondeu à oferta de asilo feita pelo governo mexicano.
Na mesma entrevista, López Obrador descreveu como "lamentáveis" os recentes eventos na Bolívia. (Redação JB com agência Reuters)
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