O tiroteio ocorrido na delegacia da polícia de Trieste, no norte da Itália, que deixou dois agentes mortos e outros três feridos, gerou comoção no país europeu neste sábado (5).
Ontem (4), Alejandro Augusto Stephan Meran, de 29 anos, e seu irmão, Carlysle, de 32, ambos de nacionalidade dominicana, foram detidos sob a suspeita de roubo de uma scooter. Durante depoimento na sede da polícia, o primeiro roubou a arma do oficial Pierluigi Rotta e atirou duas vezes contra ele. Em seguida, o policial Matteo De Menego tentou deixar o escritório e foi atingido por outros três tiros. Enquanto isso, Carlysle tentou fugir, mas foi atingido e preso pelas autoridades. Meran, que também foi neutralizado, está detido sob a acusação de múltiplo homicídio e tentativa de assassinato. Durante interrogatório, ele se manteve calado. Hoje, no entanto, a mãe dos criminosos pediu perdão às famílias das vítimas. "Sinto muito, não sei como pedir perdão a essas famílias", disse Bethany Meran. "Oro para que Deus lhes dê paz e que um dia possam perdoar.
Sinto muito pelo que meu filho fez. O que você pode dizer a um pai que perde um filho ou a um filho que perde seu pai? Não se pode dizer nada para confortar tanta dor", acrescentou. A comoção maior ficou por conta da multidão presente na cerimônia pelos 180 anos da ferrovia Nápoles-Portici, onde os policiais foram lembrados e homenageados pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella. "Este aplauso de carinho, gratidão e dor expressa o sentimento do país. Nossa vida prossegue e se desenvolve através da ação cotidiana de tantas pessoas desconhecidas, servidores do Estado, de nossa comunidade, como os dois agentes assassinados em Trieste", afirmou. Crime - Segundo as autoridades, Meran sofre de problemas psicológicos e roubou a motocicleta, mas logo depois entrou em contato com seu irmão, Carlysle, que acionou a polícia. Após chegarem na delegacia, ele conseguiu pegar a arma do policial e cometeu os crimes, enquanto seu irmão saiu correndo para o lado de fora do prédio. Minutos depois, ambos foram neutralizados e detidos.
A reconstrução, no entanto, ainda não foi feita, principalmente porque a área não é coberta por câmeras de segurança. A polícia ainda investiga o caso.