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Governo militar do Sudão sela acordo de transição com manifestantes

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O Conselho Militar que governa o Sudão e lideranças de oposição que vinham organizando protestos há meses assinaram, neste sábado (17), uma "declaração constitucional".

O documento sela um acordo histórico que prevê uma divisão temporária de poder e abre caminho para a transferência do governo para os civis. A negociação do acordo entre os militares e a aliança oposicionista durou meses. 

O Sudão vive a instabilidade de um governo militar provisório desde a derrubada do ditador Omar al-Bashir, que comandava o país desde 1989, por um golpe no último mês de abril. Durante meses de protestos contra al-Bashir, dezenas de manifestantes foram mortos.

O país vive uma profunda crise econômica e sua estabilidade é vista como crucial para a região volátil da África onde se situa, que também observa insurgências na Líbia e no Egito.

Assinaram o acordo Mohammed Hamdan Daglo, número dois do Conselho Militar, e Ahmed Al Rabie, representante da Aliança pela Liberdade e pela Mudança (ALC), na presença de chefes de Estado de países como a Etiópia e o Sudão do Sul.