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Ex-membros do governo argelino são julgados por acusações de corrupção

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Dois ex-poderosos membros do governo da Argélia e um importante empresário foram interrogados nos tribunais neste domingo, informou a TV estatal, por acusações de corrupção de membros da alta cúpula do ex-presidente Abdelaziz Bouteflika.

Manifestantes e o exército levaram Bouteflika a renunciar em 2 de abril, depois de duas décadas no poder, mas a pressão seguiu pelo julgamento de figuras importantes à sua volta.

Entre uma infinidade de casos em andamento, o ex-ministro das Finanças, Karim Djoudi, compareceu perante a Suprema Corte neste domingo, enquanto o ex-primeiro-ministro Ahmed Ouyahia estava em outro tribunal em Argel, ambos acusados de corrupção, informou a TV estatal.

Mourad Eulmi, presidente da empresa familiar argelina SOVAC, que administra uma fábrica de montagem em conjunto com a alemã Volkswagen, também foi interrogado no mesmo tribunal que Ouyahia.

A TV estatal não deu mais detalhes e não houve nenhuma declaração imediata dos homens ou advogados que os representam.

O exército é agora o principal protagonista da política argelina e seu chefe de gabinete, Ahmed Gaed Salah, pediu ao Judiciário que acelere o julgamento de pessoas suspeitas de corrupção.

Os processos judiciais não diminuíram o ímpeto dos manifestantes que pressionam por mudanças radicais e por uma ruptura com aqueles que governaram desde a independência da França em 1962.

Djoudi serviu como ministro das Finanças sob o comando de Ouyahia de junho de 2007 a maio de 2014, quando renunciou por motivos de saúde, antes de ser nomeado consultor de Bouteflika nos últimos dois anos.