O CEO da gigante russa do petróleo Rosneft acusou os Estados Unidos de usarem a energia como uma arma política e disse nesta quinta-feira que o que tem sido visto como uma "era de ouro" para a energia nos EUA tornou-se uma "era do colonialismo energético" para outros países.
Ao falar durante um fórum econômico em São Petesburgo, Sechin disse que um terço das reservas globais de petróleo está sob restrições devido às sanções norte-americanas sobre o Irã e a Venezuela e que o governo dos EUA está perdendo terreno no campo moral, onde se auto-intitula defensor de mercados abertos.
"Diversos comentaristas gostam de acusar a Rússia de usar a energia como arma política", afirmou Sechin, um dos mais próximos aliados do presidente russo Vladimir Putin. A Rosneft produz mais de 4 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo, ou 4% da produção global.
"Mas, indiscutivelmente, a realidade hoje é que os EUA usam energia como uma arma política em larga escala. Sanções, ou mesmo a ameaça de sua imposição, têm um efeito destrutivo sobre o ecossistema do mercado global de energia."