O enviado nuclear da Coreia do Norte, que um jornal sul-coreano disse na semana passada ter sido executado, está vivo, mas sob custódia e sendo investigado por seu papel em uma cúpula fracassada com os Estados Unidos, noticiou a rede CNN nesta terça-feira.
Nos últimos cinco dias surgiram vários relatos conflitantes sobre mudanças na equipe norte-coreana que conduziu as negociações com os EUA após uma cúpula mal-sucedida entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Hanói, em fevereiro.
Kim Hyok Chol, que liderou as conversas de trabalho da Coreia do Norte durante os preparativos para a reunião em Hanói, está vivo e sob custódia estatal, relatou a CNN, citando várias fontes não identificadas, e ainda pode enfrentar uma "punição dura", disse.
A notícia contradiz uma reportagem do jornal sul-coreano Chosun Ilbo, que na sexta-feira disse que Kim Hyok Chol foi executado em março, citando uma fonte não identificada com conhecimento da situação.
À época, fontes disseram à Reuters que Kim Hyok Chol estava sendo punido, mas que não havia indícios de que havia sido executado.
O Chosun Ilbo também noticiou que Kim Yong Chol, autoridade de alto escalão com papel destacado nas conversas com os EUA, foi enviado a um campo de trabalho e reeducação, mas não disse quando.
Mas Kim Yong Chol foi visto em uma foto da mídia estatal na segunda-feira acompanhando Kim Jong Un em um espetáculo artístico no dia anterior, o que indica que o ex-chefe de espionagem continua forte na estrutura de poder sigilosa da Coreia do Norte.
A CNN noticiou que Kim Yong Chol "quase foi privado" do poder desde a cúpula de Hanói, mas que não foi submetido a trabalho forçado.
Kim Yo Jong, irmã de Kim Jong Un, também apareceu em fotos da mídia estatal nesta terça-feira sentada ao lado do líder norte-coreano e de sua esposa, Ri Sol Ju, em um evento.
(Por Joyce Lee)