A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, refutou nesta terça-feira as especulações de que renunciará antes do final de seu mandato, em 2021, contrariando reportagens segundo as quais anunciaria suas intenções em uma reunião de seu partido conservador em junho.
Merkel, vista por muitos como uma âncora de estabilidade na Europa nos últimos 14 anos, cedeu a liderança de seu partido União Democrata-Cristã em dezembro em reação às críticas crescentes à maneira como lidou com uma crise imigratória e suas consequências.
Embora ela queira permanecer no posto até a eleição nacional de 2021, há muitos rumores de que ela pode partir mais cedo.
Até agora, Merkel, de 64 anos, vem coreografando uma saída gradual com sua protegida, Annegret Kramp-Karrenbauer, eleita como líder do partido.
Indagada em uma coletiva de imprensa se planeja fazer algum anúncio sobre seu futuro no encontro partidário de 2 e 3 de junho, Merkel disse que "responderia isso com um não claro".
A especulação da mídia foi desencadeada pelo anúncio súbito da reunião do partido, que deve ocorrer a poucos dias das eleições do Parlamento Europeu, nas quais se prevê que os conservadores continuarão sendo o maior partido.
A União Democrata-Cristã disse que na reunião se abordará como o trabalho da coalizão entre os conservadores e o Partido Social-Democrata (SPD) precisa se adaptar a novas estimativas de impostos, que se espera serem menores do que o previsto anteriormente, que estarão disponíveis a esta altura.