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Massacre étnico no Mali deixou 160 civis mortos

Handout / MALIAN PRESIDENCY -
Ataques em Mali deixam mais de uma centena de mortos
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Ao menos 160 habitantes de uma zona da comunidade peul no Mali foram assassinados no sábado por supostos membros de grupos de caçadores da etnia dogon, na região da fronteira com Burkina Faso, disse à AFP uma fonte de segurança malinense.

"O novo balanço é de 160 mortos e provavelmente serão mais", declarou à AFP Amadou Diallo, vereador de Bankass, a principal localidade da zona, ao denunciar "uma depuração étnica".

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Ataques em Mali deixam mais de uma centena de mortos (Foto: Handout / MALIAN PRESIDENCY)

Um boletim precedente da TV estatal informava 136 mortos.

Sobreviventes do brutal ataque do sábado disseram que caçadores dogon foram os responsáveis pelo massacre em Ogossagou, uma aldeia do Mali onde vivem habitantes das comunidades fulani (ou peul).

Há quatro anos, desde o aparecimento no centro do Mali do grupo jihadista do pregador Amadou Koufa, ligado à Al-Qaeda e que recruta para suas fileiras membros da comunidade faluni, ocorrem enfrentamentos entre esta comunidade, dedicada à criação de gado, e as etnias bambara e dogon, que praticam a agricultura.

Estes conflitos já deixaram mais de 500 mortos em 2018, segundo a ONU.

Após o encontro na sexta-feira com o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, os embaixadores dos 15 países do Conselho de Segurança da ONU se reuniram com os responsáveis pela assinatura do acordo de paz de 2015. Em seguida falaram com o primeiro-ministro Soumeylou Boubeye Maïga sobre a situação no centro do país, informou a ONU.