O presidente iraniano Hassan Rohani iniciou nesta segunda-feira uma visita oficial de três dias ao Iraque, país sobre o qual o governo dos Estados Unidos exerce uma forte pressão para que reduza a cooperação comercial, de energia e política com o Irã.
Esta é a primeira visita de Rohani ao Iraque desde que chegou à presidência em 2013. Antes da viagem, o iraniano afirmou que não é possível comparar a relação entre Teerã e Bagdá com a relação entre Washington e Bagdá.
O Irã, segundo maior fornecedor do Iraque em produtos que vão do gás e veículos até frutas e verduras, passando por eletrodomésticos, sofre com a retomada das sanções americanas após a retirada de Washington do acordo nuclear assinado há três anos.
Durante a visita, Rohani se reunirá com o primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi e com o presidente Barham Saleh.
Rohani visitará as cidades sagradas xiitas de Kerbala e Najaf, ao sul de Bagdá.
Em Najaf, Rohani se encontrará com o grande aiatolá Ali al Sistani, nascido no Irã, a máxima autoridade religiosa para a maioria dos xiitas do Iraque.
As relações entre Irã e Iraque, que travaram uma guerra entre setembro de 1980 e agosto de 1988, registraram um grande desenvolvimento desde a queda do presidente iraquiano Saddam Hussein em 2003.
O Irã apoia vários grupos armados xiitas no Iraque, que desempenharam um papel importante papel na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
"Apoiamos o povo iraquiano em dias muito difíceis e agora, neste tempo de paz e segurança, seguimos a seu lado", declarou Rohani em Teerã, antes de viajar a Bagdá.
"A relação entre Irã e Iraque é especial", completou.
O Iraque, no meio da disputa entre dois grandes aliados, Irã e Estados Unidos, obteve uma isenção temporária para não aplicar as sanções decididas por Washington contra Teerã.
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