Um elefante foi encontrado morto em uma reserva natural do Camboja com a cauda e as presas cortadas, anunciaram as autoridades do país asiático, um dos maiores centros de tráfico ilegal de animais selvagens do mundo.
O macho, morto há 10 dias, tinha "um impacto de bala abaixo do olho direito", destacou Neth Pheaktra, porta-voz do ministério do Meio Ambiente.
As autoridades estão à procura dos caçadores.
O cadáver foi encontrado no domingo em uma reserva da província de Mondulkiri (leste). O elefante asiático está na lista de espécies em risco da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Na Ásia, os elefantes são caçados principalmente por suas presas, mas também os pelos de sua cauda, considerados amuletos e utilizados na fabricação de joias.
Com o desmatamento e a caça, a população de elefantes caiu drasticamente no Camboja, onde restam provavelmente apenas 400 animais, de acordo com a ONG Mondulkiri Project.
Os produtos à base de marfim, assim como os fabricados com escamas de pangolim e chifres de rinoceronte, são muito procurados no Vietnã e China, onde são utilizados na medicina tradicional por suas supostas virtudes de cura contra o câncer ou a impotência sexual.
O Camboja é um local de trânsito importante, pois os traficantes enfrentam uma repressão mais severa na vizinha Tailândia.
As autoridades cambojanas apreenderam em dezembro mais de mil presas de elefante em um contêiner procedente de Moçambique.
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