HAVANA - Os cubanos votaram em peso neste domingo a proposta de nova Constituição, que reafirma o socialismo como sistema político "irrevogável", em meio a fortes ameaças dos Estados Unidos e a complexa situação da Venezuela, seu aliado mais próximo.
Cinco horas depois da abertura das urnas, às 16h de Brasília, o boletim do Conselho Nacional eleitoral apontava que 74% dos oito milhões de cubanos aptos a votar já tinham ido exercer seu direito ao voto, que é facultativo na ilha, em um referendo que o governo transformou em um plebiscito sobre a vigência "irrevogável" do socialismo.
Segundo informações oficiais, a votação ocorreu em normalidade, sem conflitos registrados. "Até agora, o processo marcha de forma positiva, a afluência de todos os eleitores comportou-se de acordo com o previsto", disse à AFP Adelaida Sánchez, presidente de seção eleitoral em Havana.
O presidente Miguel Díaz-Camel votou pela manhã e "dando um #SíPorCuba, um #SíPorLaRevolución, um sim para o presente e para o futuro". No twitter também mandou uma mensagem de apoio à Maduro: "A união cívico-militar e o povo revolucionário da Venezuela, com seu presidente Nicolas Maduro, impediu o golpe imperialista". O ex-presidente cubano Raúl Castro também aproveitou a manhã para votar. A expectativa é que o texto seja aprovado com cerca de 80% dos votos.