O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou em discurso durante a "Marcha em Defesa da Revolução", em Caracas, que o povo venezuelano é invencível e indestrutível. "Estamos muito orgulhosos da força que temos, da nossa consciência, coragem e do poder popular. Os invisíveis da Venezuela, que nunca aparece nos canais de televisão internacionais, são os indestrutíveis", declarou Maduro diante de apoiadores.
Durante seu discurso, Maduro defendeu que sua bandeira é a da "batalha pela paz, com independência, integridade nacional, justiça e dignidade". "Estamos empreendendo a batalha pela dignidade da Venezuela. Querem nos deixar de joelho diante do império norte-americano. Este não é um tempo de traidores e traições, mas um tempo de lealdade à paz e aos ideais supremos da Venezuela", afirmou.
Maduro questionou o fato de, até o momento, o líder oposicionista e presidente autodeclarado, Juan Guaidó, não ter convocado novas eleições no país. Maduro afirmou que, pela constituição local, um presidente interino precisa convocar novas eleições presidenciais dentro de 30 dias, tal qual fez ele quando Hugo Chávez faleceu. "Estou aqui pelo voto do povo, porque vocês decidem o que acontece na Venezuela, não (o presidente dos Estados Unidos) Donald Trump ou os bonecos de Iván Duque (presidente da Colômbia)", afirmou.
Em um recado à oposição liderada pelo presidente autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó, Maduro afirmou que vai resistir. "Estou mais forte do que nunca, mais duro que esta madeira", afirmou, questionando ainda a oposição sobre os motivos de ainda não ter convocado novas eleições, conforme prevê a Constituição. "Pergunto à oposição, por que não convocaram eleições até agora?", afirmou Maduro.
"Estamos esperando o senhor fantoche, o palhaço de mil caras, o títere do imperialismo americano (convocar eleições). Vamos ver quem tem os votos e quem ganha as eleições neste país, mendigo do imperialismo", continuou.
Maduro afirmou ainda que "se viu obrigado" a fechar as fronteiras das cidades de San Antonio (del Táchira) e Ureña com a Colômbia, em parte por conta do show realizado ontem na região. "Diante do show, da ameaça e da violência anunciadas, me vi obrigado a fechar as fronteiras. Hoje estou avaliando o que fazer, porque não vamos nos calar, vamos garantir a paz e a soberania total da fronteira", declarou a apoiadores. "Não temo ninguém, meu pulso não treme. Se a questão é sair na briga, eu saio primeiro", disse.