O Irã continua respeitando seus compromissos sob o acordo nuclear assinado com as grandes potências em 2015, declarou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em um relatório trimestral publicado nesta sexta-feira.
Teerã não enriqueceu urânio a níveis proibidos, nem armazenou ilegalmente tal material, destaca o relatório da agência da ONU, que confirma que o país respeita as condições que o impedem de adquirir uma bomba atômica.
Os Estados Unidos estão pressionando seus aliados para que denunciem este acordo, que consideram excessivamente favorável a Teerã.
O vice-presidente americano, Mike Pence, chamou o Irã de "o pior perigo" no Oriente Médio e disse que seu regime está preparando um "novo Holocausto", durante uma conferência internacional sobre a região realizada em Varsóvia em 14 de fevereiro.
O governo de Donald Trump acredita que Teerã não desistiu de suas ambições nucleares, apesar das conclusões de seus próprios serviços de inteligência e da AIEA.
Pence criticou em particular a iniciativa da França, Alemanha e Reino Unido, que permitem que empresas europeias operem no Irã, apesar da restauração das sanções americanas.
"Para nós, a implementação do acordo nuclear com o Irã é uma questão de segurança europeia - impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear - e constatamos que isso funciona", disse a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
O relatório da AIEA insiste na importância de uma "cooperação pró-ativa" do regime iraniano para manter suas usinas nucleares abertas para mais inspeções.
jsk-phs/sg/jz/es/mr