As forças curdo-árabes que lutam contra o grupo Estado Islâmico no leste da Síria (EI) "negociam" a saída dos civis do último reduto jihadista, informou nesta quinta-feira a coalizão internacional liderada por Washington.
Centenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, saíram na quarta-feira do único reduto que permanece em poder do EI no vilarejo de Baghuz, mas ainda há um número elevado de civis na região, alertam as Forças Democráticas Sírias (FDS).
"As forças da coalizão, sobretudo americanas, seguem apoiando as FDS enquanto negociam a liberação de civis inocentes", declarou à AFP o porta-voz da coalizão internacional, Sean Ryan.
O porta-voz afirmou que a derrota dos extremistas é "inevitável".
Os comandantes das FDS contactados pela AFP não comentaram as declarações.
A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou na quarta-feira sobre "negociações" em curso entre as FDS e o EI para obter uma "rendição" dos jihadistas entrincheirados.
Em Baghuz, o EI controla apenas uma área pequena de casas. Os extremistas estão entrincheirados em túneis, cercados por minas que atrasam o avanço das FDS.
"Ainda há um número elevado de civis, além dos combatentes", declarou à AFP na quarta-feira o porta-voz das FDS, Adnan Afrin.
No início da semana, ele explicou que estes civis são em sua maioria parentes de membros do EI.