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Paquistão aberto a diálogo com a Índia sobre a Caxemira mas responderá em caso de ataque

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O Paquistão está aberto a cooperar com a Índia sobre o atentado que deixou mais de 40 mortos na Caxemira indiana na semana passada, mas responderá em caso de ataque, afirmou nesta terça-feira o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan.

"O Paquistão responderá", declarou Khan em um discurso exibido pela televisão, durante o qual pediu ao governo da Índia que apresente as provas do envolvimento de paquistaneses no ataque, que exacerbou a tensão entre os dois países.

As declarações são uma resposta ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi, que prometeu que os responsáveis pelo atentado "pagarão caro".

O atentado, o mais violento desde o início da rebelião separatista em 1989, foi reivindicado pelo grupo islamita Jaish-e-Mohamed (JeM, Exército de Maomé), que tem sede no Paquistão.

A Índia acusa o Paquistão de apoiar a rebelião armada, o que Islamabad nega.

Khan disse que optou por não responder antes as acusações indianas para não afetar a visita ao Paquistão do príncipe herdeiro saudita Mohamed bin Salman.

O Paquistão "segue para a estabilidade após 15 anos de guerra contra o terrorismo, na qual perdemos 70.000 vidas", afirmou o primeiro-ministro paquistanês.

"Proponho ao governo indiano realizar a investigação que deseja sobre este problema para estabelecer se o Paquistão está envolvido", disse Khan.

"Se tiverem provas sobre o envolvimento do Paquistão, apresentem e garanto que vamos adotar medidas", completou.