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Esforços de desarmamento devem incluir EUA, Rússia, Europa e China, diz Merkel

"O desarmamento é algo que concerne a todos"

Thomas KIENZLE / AFP -
Angela Merkel
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A chanceler alemã, Angela Merkel, exortou neste sábado (16) incluir a China nos esforços de desarmamento, em um momento de preocupação pelo arsenal de Pequim e pela suspensão do tratado russo-americano de forças nucleares de alcance intermediário (INF).

"O desarmamento é algo que concerne a todos e nos alegraria que essas negociações fossem realizadas não apenas entre Estados Unidos, Europa e Rússia, mas também com a China", declarou durante a Conferência de Segurança de Munique.

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Angela Merkel (Foto: Thomas KIENZLE / AFP)

Washington suspendeu a sua participação no tratado que proíbe os mísseis terra-terra com um alcance de entre 500 e 5.500 quilômetros acusando a Rússia de violar este acordo assinado no final da Guerra Fria, em 1987. A Rússia reagiu fazendo o mesmo.

Algumas decisões que fazem temer uma nova corrida armamentista. A Otan pediu à Rússia que renuncie aos seus novos mísseis que violam o tratado INF. Moscou afirma respeitar o acordo e, por sua vez, acusa Washington de violá-lo.

Os Estados Unidos receberam o apoio de todos os membros da Otan nessa questão e, aparentemente, vários países reuniram "provas" das violações russas.

Para o Ocidente, as políticas de controle de armamento e desarmamento são ineficientes sem a China, que, segundo a Otan e os especialistas, possui um arsenal de médio alcance muito importante.

O desenvolvimento militar da China também explica, em parte, a decisão dos Estados Unidos de abandonar o tratado INF.

O vice-presidente americano, Mike Pence, e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, devem abordar o tema neste sábado em Munique.

A suspensão do tratado INF faz temer pelo futuro do tratado New Start, assinado em 2010 e que expira em 2021. Prevê a redução dos arsenais nucleares estratégicos americano e russo.