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Bolsonaro preocupa especialistas em clima

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O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, é citado no Índice de Performance das Mudanças Climáticas de 2019 como a principal razão para a nota baixa do país no quesito políticas climáticas. O relatório, divulgado na conclusão da COP24 em Katowice, na Polônia, coloca os Estados Unidos e a Arábia Saudita como os maiores poluidores entre os países do G20.

No estudo realizado pelas ONGs NewClimate Institute, Germanwatch e Climate Action Network, o Brasil, tradicional defensor do desenvolvimento sustentável, foi muito bem avaliado no uso de energias renováveis e no consumo de energia per capita, mas os posicionamentos do futuro dirigente trazem projeções negativas.

“Especialistas brasileiros enfatizam que o país adotou um papel ativo em negociações internacionais no passado, mas o presidente eleito Jair Bolsonaro pode minar esse quadro. Especialistas deram uma nota baixa à política climática brasileira por considerarem o combate às emissões insuficientes e estarem alarmados com a velocidade do desmatamento, impulsionado pela postura negligente do presidente Bolsonaro nesse tema”, diz trecho do relatório.

O relatório alerta para a falta de esforços por parte dos governos em cumprir as metas do Acordo de Paris, que busca limitar o aumento da temperatura no planeta a 2ºC ou, ainda, no patamar ideal de 1,5ºC até 2030. Os sauditas tiveram o pior desempenho em todas as áreas avaliadas: emissões de gases do efeito estufa, uso energético, energias renováveis e política climática.

EUA e Arábia Saudita são acusados de minarem os alertas científicos na COP24, com o suporte da Austrália, Rússia e Kuwait. O bloco defende que a conferência apenas “tome nota” de um estudo da ONU, o que diminui o tom do compromisso dos países participantes para com o relatório.