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Prefeita de Roma é absolvida em processo de falso testemunho

Movimento 5 Estrelas acusa imprensa e fala em lei para editores'

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A prefeita de Roma, Virginia Raggi, foi absolvida neste sábado (10) da acusação de falso testemunho à qual respondia no processo relacionado à nomeação de Renato Marra a um cargo na Secretaria de Turismo da capital italiana.
A Promotoria havia pedido uma pena de 10 meses de prisão a Raggi, membro do Movimento 5 Estrelas (M5S). De acordo com a denúncia, o irmão de Renato, Raffaele Marra, teria interferido na nomeação à época, quando era vice-chefe de gabinete da prefeita. A acusação sustentava que Raggi teria mentido ao Ministério Público, dizendo que decidira sozinha sobre a nomeação de Renato, sem interferências do irmão Raffaele - hoje preso e condenado por corrupção.
Raggi chorou ao ouvir a sentença que a absolveu e abraçou seus advogados no Tribunal de Roma. "Vamos seguir adiante de cabeça erguida, por Roma, minha cidade amada, e por todos os cidadãos", disse a prefeita, que tem recebido pressão da oposição para renunciar ao cargo, já que o código de ética do seu partido fala em afastamento em casos judiciais.
"O falso testemunho do qual Raggi era acusada não constitui um crime", disse o juiz Roberto Ranazzi durante a leitura da sentença. Já o promotor Francesco dall'Olio informou que esperará o tribunal divulgar as motivações da sentença para que possa entrar com um recurso para recorrer dela.
"Força, Virginia. Estou contente de sempre ter defendido e acreditado em você", celebrou, por sua vez, o vice-primeiro-ministro da Itália e líder político do M5S, Luigi Di Maio.
Ele também criticou a imprensa, acusando os veículos de promoverem mentiras contra Raggi. "A verdadeira praga deste país é a grande maioria dos veículos corruptos intelectualmente e moralmente. Em breve, faremos uma lei para editores", anunciou.