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Washington abre inquérito para apurar pedofilia em dioceses

Além disso,um canal de denúncias para vítimas foi aberto nos EUA

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A procuradoria geral de Washington, nos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (23) a abertura de uma investigação criminal para apurar casos de acobertamento de abuso sexual contra menores no clero da Igreja Católica.

O inquérito é liderado pelo procurador Karl Racine e foi revelado um dia depois da justiça norte-americana criar uma linha direta para receber denúncias de crimes cometidos por padres da região. A decisão foi tomada após o papa Francisco aceitar a renúncia do arcebispo da capital dos Estados Unidos, cardeal Donald Wuerl, acusado de acobertar crimes de pedofilia no país.

Wuerl é citado em um relatório do Ministério Público da Pensilvânia que diz que a Igreja Católica encobriu centenas de casos de abuso sexual contra menores no estado, envolvendo cerca de 300 religiosos suspeitos e mais de mil vítimas.

Com a medida, Washington se une a vários outros estados que estão investigando clérigos pedófilos. Na semana passada, dioceses da Pensilvânia confirmaram ser alvo do governo federal, juntamente com a igreja de Buffalo, em Nova York. Racine deixou claro que sua investigação incluirá não apenas a atividade arquidiocesana, mas também a atividade criminosa de organizações sem fins lucrativos dentro da jurisdição do Distrito de Columbia.

Tanto Wuerl quanto seu antecessor, o ex-cardeal Theodore McCarrick, estariam envolvidos em transações financeiras corruptas para proteger os padres criminosos. A investigação é mais uma entre pelo menos 13 sobre casos de abuso sexual e acobertamento da Igreja. Todas elas tiveram início depois que o procurador-geral da Pensilvânia, Josh Shapiro, publicou um relatório do grande júri em meados de agosto revelando os crimes de pedofilia. Canal de denúncias Com o lançamento da investigação federal em várias dioceses católicas na última semana, a promotora federal Jessie Liu anunciou a abertura de um canal de denúncias para vítimas de pedofilia. A linha foi lançada em colaboração com a seção de Violência Sexual e Violência

Doméstica da Divisão do Tribunal Superior e com a Unidade de Assistência às Testemunhas de Vítimas da Procuradoria do Distrito de Colúmbia.

"Todos os sobreviventes de abuso sexual infantil pelo clero que desejam compartilhar suas experiências e/ou aqueles que têm conhecimento de tal abuso podem fazer relatórios de incidentes por potencial investigação criminal e processo", disse um anúncio publicado pelo escritório de Liu.

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