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Justiça do Peru retira mandado de prisão de Keiko Fujimori

Keiko foi detida por suspeita de lavagem de dinheiro

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Presa há uma semana sob acusação de lavagem de dinheiro, a líder do partido Força Popular, Keiko Fujimori, teve ontem (18) seus recursos acatados pela Justiça do Peru, que determinou a libertação imediata da filha do ex-ditador Alberto Fujimori.

Keiko foi detida na quarta-feira passada (10), pouco tempo depois de chegar ao Ministério Público para ser interrogada ao lado de seu marido, o norte-americano Mark Vito, que não foi preso.

A prisão tinha sido decretada pelo juiz Richard Concepción Carhuancho, no caso das supostas doações irregulares da empreiteira brasileira Odebrecht à campanha eleitoral de Keiko em 2011. Segundo a ordem de prisão, a peruana constituiu uma "organização criminosa no interior do partido Força 2011", hoje Força Popular.

Mas o juiz do tribunal, César Sahuanay, afirmou que a condenação ditada por Carhuancho não teve uma fundamentação adequada. O magistrado alegou que seu colega copiou as acusações do Ministério Público peruano e usou a expressão "conhecimento privado" para caracterizar a detenção.

Sahuanay ainda disse que Carhuancho colocou na resolução "apenas uma base fiscal, não judicial". O juiz também proibiu o colega de articular um novo pedido de detenção contra Keiko.

A resolução da ordem de prisão foi recebida com muita emoção pela peruana, que chorou de alegria no tribunal. Outros cinco ex-ministros fujimoristas também tiveram a anulação da prisão provisória.

Keiko foi candidata à Presidência em duas ocasiões. A primeira, em 2011, perdeu para Ollanta Humala no segundo turno, por 51,45% a 48,55%. Na segunda, cinco anos depois, a margem foi ainda mais apertada: Pedro Pablo Kuczynski a derrotou por 50,12% a 49,88%.

Assim como Keiko, tanto Humala quanto Kuczynski são investigados por suspeita de recebimento de propina da Odebrecht, bem como outros dois ex-presidentes peruanos: Alan García e Alejandro Toledo.

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Fujimori | peru