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Referendo contra casamento gay na Romênia fracassa

Governo gastou mais de 40 milhões de euros na votação

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Um referendo para banir o casamento entre pessoas do mesmo sexo na Romênia não obteve o quórum necessário para ser validado. A votação ocorreu no último fim de semana, mas somente 20,4% dos eleitores compareceram, sendo que o mínimo exigido era de 30%. As críticas agora se voltam contra o governo romeno, que gastou mais de 40 milhões de euros na consulta popular, estendeu o período de votação de um para dois dias e diminuiu a participação necessária para que a votação fosse válida de 50% para 30%. Nenhuma das táticas funcionou.

As pesquisas divulgadas na última sexta-feira (5) indicavam apoio de 90% à mudança na legislação. Mihai Gheorghiu, presidente da Coalizão pela Família, afirmou que os romenos votavam para "proteger, em nível constitucional, a definição de casamento entre homem e mulher".

Já o deputado Dan Barna, um dos únicos políticos que se opuseam ao referendo, pediu a imediata renúncia do governo por ter "desperdiçado 40 milhões de euros do dinheiro público em uma fantasia".

De qualquer forma, na prática, nada mudará, já que a Romênia ainda não reconhece o casamento gay ou a união civil entre pessoas do mesmo sexo. A questão era que a Constituição assume uma forma neutra na definição de família, afirmando que ela "é fundada pelo casamento consentido dos cônjuges".

O presidente da Mozaiq, organização pelos direitos LGBT, Vlad Viski, aproveitou o fracasso da votação para pedir pela legalização da união civil entre pessoas do mesmo sexo. "Eles devem atender ao desejo das pessoas", afirmou.