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Vítimas protestam em Roma contra pedofilia na Igreja

É o primeiro ato no país organizado por vítimas de abuso sexual

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Vítimas italianas de crimes de pedofilia cometidos por membros da Igreja Católica fizeram hoje (3) a primeira manifestação em Roma contra os abusos no país.

Um grupo de 50 vítimas realizou um sit-in nos jardins de Castel SantïAngelo, próximo ao Vaticano e à Via della Conciliazione. O ato contou com apoio da associação Ending Clergy Abuse (ECA).

Os manifestantes levavam faixas com palavras de ordem como "chega de desculpa, chega de perdão" e "ressarcimento às vítimas do Instituto Antonio Provolo". Entre os participantes do protesto, estava Alessandro Battaglia, uma das vítimas do sacerdote Dom Mauro Galli, da diocese de Milão, condenado em 20 de setembro a 6 anos e 4 meses de prisão.

No ato, Battaglia vestiu uma camiseta com a inscrição "abusado com 15 anos por Dom Mauro Galli". Sua mãe, também no protesto, vestia outra camiseta que dizia "mãe católica de uma vítima de um padre". Na semana passada, a ECA denunciou que o Vaticano teria acobertado pelo menos quatro casos de abusos sexuais contra menores de idade na Itália. Os episódios teriam ocorrido no pré-seminário São Pio X, na Santa Sé, que abriga coroinhas e possíveis seminaristas, no Instituto Provolo de Verona, além da diocese de Milão, onde o padre Mauro Galli é investigado, e na diocese de Nápoles, tendo como alvo o pároco Silverio Mura.

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