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Candidatos falam de mudanças, e país aguarda por ajuda externa

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Talvez um dos principais desafios no Haiti seja fazer com que a população se fixe nas eleições, e não nos problemas do país. O surto de cólera, que já matou mais de 1.600 pessoas, está transformando os haitianos: multidões já se dirigiram, com raiva, às tropas estrangeiras. -->Jacques-Edouard Alexis, ex-primeiro-ministro de Gonaives, uma das áreas mais atingidas pela epidemia, conta que não fez muitas campanhas naquela região, a conselho de médicos (embora, geralmente, a cólera não seja transmitida por meio de contato casual). -->Pr omessas Muitos candidatos acreditam que a comunidade internacional esperava pelo resultado das eleições antes de enviar mais auxílio. -->A ajuda americana para os esforços de reconstrução foi adiada no Congresso por meses, até a distribuição de US$ 120 mi lhões neste mês, quase um décimo do prometido ao Fundo de Reconstrução do Haiti. Vários outros países também demoraram a prestar ajuda. -->Durante a campanha, os candidatos não criticaram a ajuda externa. Mas não pouparam o presidente René Preval, que está no fim do segundo mandato e foi impedido de se candidatar novamente. Prometeram, no entanto, afastar o país da influência de uma grande quantidade de organizações não governamentais, quase um governo paralelo. -->– Comparando com os presidentes do passado, o próximo terá uma grande oportunidade, com recursos significantes – comenta Mark Schneider, especialista da ONG International Crisis Group. – Os desafios são espantosos. Você precisa reformar o governo. Isso não é reformar apenas a infraestrutura, é reformar instituições inteiras. -->O que o mundo pode fazer agora é aguardar para saber qual dos 19 candidatos será o escolhido, e observar como será a eleição. De acordo com os analistas, os haitianos costumam escolher no último minuto. -->Tradução: Maíra Mello