A sucessão de Roberto Gurgel, atual procurador-geral da República – que conclui em julho o seu segundo mandato de dois anos - entra na reta final na próxima terça-feira (2/4), em Brasília, com o primeiro dos debates promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (Anpr) entre os quatro candidatos indicados pela classe. São eles: a vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat, e os subprocuradores-gerais Ela Wiecko, Rodrigo Janot e Sandra Cureau.
Mais quatro debates preparatórios da eleição interna da entidade de classe do MPF, marcada para o dia 17, serão realizados em São Paulo (10/4), em Porto Alegre (12/4), no Recife (15/4) e no Rio de Janeiro (16/4). Apenas o de Brasília será transmitido pelo sistema da PGR, ao vivo, via internet. A lista tríplice aprovada pelo “eleitorado” será logo enviada à presidente Dilma Rouseff.
A presidente da República não tem obrigação constitucional ou legal de escolher o nome do chefe do Ministério Público - antes de submetê-lo ao Senado - na lista feita pela Anpr com os favoritos da classe. Mas, desde os governos anteriores, esta prática tem sido respeitada. Gurgel foi escolhido em 2009 e reconduzido em 2011, por ter sido o mais votado nas eleições internas dos procuradores.
Se a presidente Dilma Rousseff mantiver a tradição, é de 75% a possibilidade de o MPF vir a ser chefiado por uma mulher, pela primeira vez na história da instituição.