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Cabral de todas as torcidas

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Talvez por saudade do futebol brasileiro, de férias desde dezembro, o governador Sérgio Cabral, vascaíno fanático, só fala disso.

Em todas as suas últimas aparições públicas ele tem feito gozações com autoridades que torcem para rivais - caso do botafoguense Luiz Fernando Pezão, vice-governador, e do flamenguista Marco Aurélio Melo, ministro do Supremo Tribunal Federal.

Até durante a inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Jacarezinho brincou com o assunto ao encontrar o ex-jogador Maurício, ídolo alvinegro.

Mas se Cabral gosta do mundo do futebol, pode-se dizer que a recíproca é verdadeira. Após o almoço de Henrique Eduardo Alves, realizado nesta quinta-feira (17), em uma churrascaria da Zona Sul, o governador esbarrou com o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, que - frequentador assíduo da casa - almoçava com o capitão do tri Carlos Alberto Torres e dirigentes do clube. Cabral e Assumpção trocaram um longo e efusivo abraço e dedicaram um ao outro palavras carinhosas.

As más línguas, no entanto, diriam que o carinho mútuo não é apenas por conta do esporte bretão. Cabral é o padrinho político do cartola, que tem pretensões eleitorais. Foi Cabral, ao lado de Pezão, quem costurou a filiação do presidente do Botafogo ao PMDB. Ele ainda articulou o lançamento de uma espécie de bancada da bola na chapa de vereadores do partido no Rio, que também contou com a rubro-negra Patrícia Amorim. A ideia foi abandonada, mas, pelo jeito, a relação entre os dois segue a melhor possível. Tanto assim que, na política, o vascaíno e o botafoguense jogam no mesmo time.