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A falsa ideia do julgamento do "mensalão"

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No que pese o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido no processo do mensalão que ocorreu a corrupção de parlamentares por membros do governo do PT na expectativa de fazer a maioria no Congresso, ainda persiste para muitos a questão que permeia todo o nosso processo eleitoral e que também se esconderia nas relação do governo Lula com os políticos: o financiamento das campanhas.

No artigo que assina hoje nos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi, insiste que “a única coisa inequívoca no “mensalão” foi a arrecadação e a distribuição irregular de recursos destinados a uso eleitoral, de políticos do PT ou de partidos coligados. Fora isso, tudo é especulação, contas malfeitas, algum desconhecimento de causa e muita fantasia”.

Para ele, o problema ainda permanece à espera de uma solução já que a “fúria punitiva do julgamento do “mensalão” não soluciona a questão do financiamento da política no Brasil. Não é às custas de sentenças absurdamente longas que será resolvida”. 

Ou seja, no seu entendimento, falta encarar o problema que permeia a maior parte das relações políticas do país. Afinal, de dois em dois anos políticos saem em busca dos financiadores de suas campanhas eleitorais cada vez mais caras.

Como a questão não foi enfrentada e persiste, Coimbra conclui que se irá difundir a falsa ideia de que o julgamento “muda alguma coisa relevante no Brasil”.

É uma tese, da qual muitos discordarão.