Não é a toa
que Eduardo Paes repete com insistência que não é seu plano abandonar a
prefeitura em 2014 para concorrer ao governo do Estado.
Ele sabe que por conta de Sergio Cabral não ter conseguido emplacar o nome do seu vice, Luiz Fernando Pezão, para sucedê-lo no governo do Rio, deverá apelar à ajuda de Paes para não entregar o governo do estado a um “adversário”, isto é, alguém sobre quem não terá total domínio.
Caso, por exemplo, do senador petista Lindbergh Farias
O prefeito está se preparando para resistir não apenas a estes apelos, mas também à pressão que surgirá do grupo de empresários que “apóiam” Cabral e querem alguém de confiança o substituindo.
Os planos de Paes, porém, são maiores.
Ele tem consciência que daqui a seis anos, em 2018, no final de um possível segundo mandato de Dilma Roussef, já então beirando os 50 anos, estará em plena forma para se candidatar a voos mais amplos do que o de governar o Estado do Rio de Janeiro;
Principalmente se for bem nesta sua segunda administração municipal e realizar com sucesso a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016.
Saindo desses dois desafios incólume, isto é, com a Ficha Limpa, está certo que poderá vencer etapas e pensar logo no Palácio do Alvorada como residência, sem ter antes que ocupar o Palácio Laranjeiras.