Rainer Cadete já foi até Curitiba fazer laboratório para interpretar Deltan Dallagnol, procurador do Ministério Público Federal, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, que investiga um escândalo de corrupção na Petrobras; no filme “Polícia Federal: A Lei É Para Todos”. Além da viagem, ele leu o livro sobre a operação e conversou com quem atua nos bastidores.
À coluna, ele falou sobre: “É uma história inspirada em fatos reais. Poderia ser ficção, mas infelizmente não é. Eu me identifico com a forma de pensamento dos participantes da operação. A questão não é partidária e sim um problema de sistema favorável à corrupção e com um alto nível de impunidade. A credibilidade política precisa ser restabelecida e é muito mais fácil prevenir do que remediar, nos casos de corrupção. Os brasileiros merecem ter transparência no caminho para onde vai o dinheiro dos seus impostos. O mais legal do filme é provocar o debate desse assunto, que é tão importante para o país”.
Mergulhado no assunto ainda mais por ossos do ofício, Rainer debate facilmente política, com tom crítico, se dizendo apartidário, e taxando que “claramente vivemos no país da impunidade”: “Mas eu acredito que estamos dando passos em direção a um país mais justo, onde poderemos escolher representantes qualificados e que realmente tenham um compromisso com o desenvolvimento do Brasil. É interessante observar que a arte está se colocando à disposição, também, desse tipo de movimentação política e histórica. A MPB teve um papel fundamental durante a ditadura, o rock nacional através de várias bandas levantou debates no período pós-ditadura – início da democracia. E agora eu acho muito interessante colocar a sétima arte a disposição desse momento histórico do país”.
A previsão de estreia do longa é para maio de 2017.