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Tropicália de volta: Gal Costa vibra com Circo Voador lotado e celebs na plateia

Em noite histórica, cantora regressa ao Rio de Janeiro com show "Recanto"

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Claramente emocionada, Gal Costa agradeceu algumas vezes durante o show que fez, neste sábado (26), no Circo Voador: "Obrigada, Rio. Obrigada, Disco Voador". Numa apresentação que foi de clássicos do repertório da baiana, como "Minha voz, minha vida" e "Folhetim", até sucessos recentes que flertam com o funk e o dubstep, como "Neguinho" e "Miami Maculelê", Gal parecia não conseguir controlar a emoção ao ver a lotação esgotada do Circo Voador entoar - com o mesmo rigor -, seus versos antigos e novos.

Às 23h40, a eterna musa da Tropicália abriu os trabalhos com a melódica "Da maior importância", seguida por "Tudo dói", repleta dos sintetizadores e ruídos que marcaram o premiadíssimo CD "Recanto", de 2012. Ao lado de sua afinada banda, formada por Pedro Baby (guitarra e violão), Bruno Di Lullo (baixo) e Domenico Lancellotti (bateria e MPC), Gal não surpreendeu no setlist, seguindo o roteiro dos últimos shows da atual turnê.

Em noite de Circo Voador lotado, proliferação de famosos. Patrícia PillarAlessandra Negrini  e Marjorie Estiano estavam entre as mais animadas da noite. Já Bruno Mazzeo e Ricardo Waddington preferiram a discrição da pista, assim como Bebel Gilberto, que assistiu ao show de moletom preto e capuz.

Thais Gulin e a sambista Teresa Cristina representaram a geração atual da música, prestando homenagem a Gal, no camarim, logo após o show. Sempre presente ao lado de sua musa, Caetano Veloso foi ausência sentida pela multidão, que cogitava, inclusive, uma possível participação do compositor da maioria das canções interpretadas por Gal durante a noite.

E se a apresentação já ganhava ares de antológica lá pela sua metade, a plateia delirou ao ouvir o solo de guitarra de Pedro Baby em "Vapor Barato", seguida da implacável "Baby", que despertou gritos de exaltação quando Gal lançou o clássico verso "vivemos na melhor cidade da América do Sul". Como nos outros shows da turnê, a memória de Tim Maia se fez presente quando a cantora engrossou a voz para cantar "Um dia de domingo".

Gal fez as vezes de funkeira em "Miami Maculelê" e encerrou a noite, não antes do merecido bis pedido pela plateia. Com "Meu bem, meu mal" e "Modinha para Gabriela", a intérprete fechou o show consagrada por um público ávido por mais. Idolatrada por gerações passadas, reverenciada e premiada pela nova safra e alçada, sempre, ao posto de diva pela plateia carioca, Gal Costa fez uma retrospectiva de sua carreira e dos caminhos que a levaram até "Recanto", seu trigésimo álbum, em noite já marcada na memória afetiva da cidade.

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