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Whitney Houston faleceu em fevereiro deste ano, de uma forma trágica. A cantora, que já sofria há algum tempo com a dependência de entorpecentes, se afogou na banheira de um hotel após consumir cocaína. E, para “homenageá-la", a família da diva resolveu falar sobre o drama da perda no reality show ‘The Houstons: On Our Own’, que estreia hoje (24), no canal a cabo Lifetime.
Filha, mãe, irmão e cunhada da cantora gravaram 14 episódios, com 30 minutos de duração, nos quais partilham a dor de não terem mais a dona do sucesso ‘I Will Always Love You’ por perto. Para eles, fazer o reality foi importante. “O programa manteve a família unida, ao invés de afastar um do outro. Nós falamos sobre as coisas, somos muito abertos, e prestamos atenção naqueles que precisam de mais consolo. Fazer o ‘The Houstons’ ajudou imensamente”, disse Pat Houston, empresária e cunhada da cantora, à agência Reuteurs.
É evidente: Whitney Houston merece toda e qualquer homenagem, por ter sido uma artista incrivelmente talentosa, que levou alegria para tantas pessoas pelo mundo inteiro e, claro, para os seus entes queridos. Mas nos questionamos sobre a real necessidade de expor uma situação extremamente pessoal e, por fim, acabar manchando a imagem da cantora de forma definitiva, já que ela não está mais por aqui para se defender ou falar sobre a própria vida.
Homenagens póstumas como livros e coletâneas reunindo o que de melhor Whitney fez enquanto viva, que também estão para ser lançados ainda em 2012, são ótimas formas de lembrarmos da artista em seus momentos de plenitude da carreira. Por outro lado, mostrar o sofrimento familiar pela perda de quem se foi, em 14 episódios de um reality show (!!!), ultrapassa os limites do tributo e cai na zona perigosa da exploração comercial de um assunto particular. É notório que lágrimas têm atraído mais audiência para os programas de TV do que qualquer sorriso, mas a memória de Whitney poderia passar ilesa, sem a marca dessa exposição desnecessária.